[...] E então a tristeza tomou conta do lugar. Seu coração estava gritando. Ela queria arrancá-lo de seu peito. E ele gritava, gritava cada vez mais alto por Orpheus, mas ela não podia tê-la. Orpheus estava morrendo, então também estava Athena.
Ela sentia o vento balançando seus cabelos, levando embora suas lágrimas. Pular era a única solução. Pular era o limite. Pular era o mais próximo da felicidade que ela jamais chegaria. Elas nunca ficariam juntas. E então ela pulou. Ela caiu nas profundezas de sua alma, onde ela poderia encontrar Orpheus. Este era o único lugar onde elas poderiam ficar juntas.
Athena morreu. Seu corpo continuava ali, porém sua vida havia desaparecido. Ela morreu buscando um amor que jamais lhe seria concedido. Ela continuou deitada no telhado, procurando por motivos para ter sua vida novamente, procurando por motivos para abandonar a existência. Ela não pôde encontrá-los. A única coisa que pode encontrar foi a face de Orpheus em meio ao céu enevoado, rindo de sua covardia.
Ela pensava nos motivos, nas pessoas, nos momentos. Não, ela pensava em Orpheus. Seu coração continuava gritando o nome dela, cada vez mais alto. Agora a tristeza já nãos mais estava sozinha, a solidão a fazia companhia. Mas ninguém encontraria Athena, ninguém preencheria o seu vazio. [...]

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