Existe tanto amor aqui dentro e tão pouco espaço. De uns tempos pra cá eu acho que venho transpirando amor, espalhando por cada canto em que passo. Transborda nos sorrisos, no encanto, nas lágrimas, no canto, no olhar, nos gestos. Eu existi até certo ponto, depois me tornei amor. Quiçá um dia tornar-me-ei tormenta. Mas, por enquanto, o fascínio do ser-amor me satisfaz.
Quem é amor vive de vento, de brilho, de lua. Vive pendurado na ponta de uma estrela cadente, dançando na beira do abismo, sorrindo pro perigo, sem medo de cair. Quem é amor não quer futuro, quer o hoje, o agora; o sentimento.
E pra quê mais? Você está deixando-se levar pela correnteza até a queda d’água, pra quê certeza? Deixa fluir, deixa nadar, deixa morrer e flutuar; acreditar. E quando chegar bem pertinho e já tiver se entregado pro medo, você percebe que tem asas.
É amor. Vertendo por cada poro, dançando em cada passo, cantando em cada sorriso e amarrado em um laço, firme no seu coração. Deixa transbordar.

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