Cinza
28.6.10
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L'amour
12.6.10
Existe tanto amor aqui dentro e tão pouco espaço. De uns tempos pra cá eu acho que venho transpirando amor, espalhando por cada canto em que passo. Transborda nos sorrisos, no encanto, nas lágrimas, no canto, no olhar, nos gestos. Eu existi até certo ponto, depois me tornei amor. Quiçá um dia tornar-me-ei tormenta. Mas, por enquanto, o fascínio do ser-amor me satisfaz.
Quem é amor vive de vento, de brilho, de lua. Vive pendurado na ponta de uma estrela cadente, dançando na beira do abismo, sorrindo pro perigo, sem medo de cair. Quem é amor não quer futuro, quer o hoje, o agora; o sentimento.
E pra quê mais? Você está deixando-se levar pela correnteza até a queda d’água, pra quê certeza? Deixa fluir, deixa nadar, deixa morrer e flutuar; acreditar. E quando chegar bem pertinho e já tiver se entregado pro medo, você percebe que tem asas.
É amor. Vertendo por cada poro, dançando em cada passo, cantando em cada sorriso e amarrado em um laço, firme no seu coração. Deixa transbordar.
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25.5.10
- Você é sempre assim?
- Assim como?
- Indiferente.
- ...
- Não vai me responder?
- Você já sabe a resposta, Petit. Eu só interajo com o que me agrada.
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Tanto de nós
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4.5.10
- E por que não?
- ...
- É, tá ai. Você não tem um porquê.
- Claro que tenho!
- E qual é?
- ...
- Eu disse.
- Por que infernos você continua fazendo essas coisas?
- Porque, diferente de você, eu faço o que tenho vontade.
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Amor
30.4.10
Você é livre, completamente livre. Mas é meu. É meu porque quer ser meu, não porque eu o possuo.
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Devagarzinho II
26.4.10
E quando a gente se encontra? Meus olhos buscam pelos teus, perdidos nessa imensidão azul, sem sequer encontrar um pigmento que pareça com a cor dos teus. Meu riso busca pelo teu, perdido nessa imensidão arenosa, sem sequer encontrar um resquicio do teu na orla da praia. Meu corpo busca pelo teu, perdido nessa imensidão anil, nadando, nadando e nadando sem sequer encontrar uma partícula do teu calor.
E quando a gente se encontra? Meus olhos estão perdidos, desesperados pelo momento em que encontrarão os teus e, devagarzinho, irão se descobrir. E quando a gente se encontra? Meu riso está perdido, desesperado pelo momento em que encontrará o teu e, devagarzinho, explodirão em unisono em uma gargalhada. E quando a gente se encontra? Meu corpo está perdido, desesperado pelo momento em que encontrará o teu e, devagarzinho, os tornará um só.
E quando a gente se encontra, meu Amor? E você responde que o tempo vai passando assim, devagarzinho, até o dia em que a gente se encontra.
Postado por The Ghost Writer às 17:15 0 comentários
Devagarzinho I
E esse vazio todo que preenche a gente? Chega assim, devagarzinho, como quem não quer nada se aloja no peito e não tem Cristo que tire.
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25.4.10
Possuia um mundo inteiro desenhado em suas palpebras. Sabia que, quando fechava os olhos, não era sonho, mas sim o mundo em que tinha decidido viver.
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I'm afraid.
23.4.10
Essas borboletas que habitam meu interior insistem em bater as asas violentamente fazendo-me flutuar em meio à tempestade. Não é algo que me faça sentir bem; elas podem parar a qualquer momento.
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Sumido
17.4.10
- Você anda sumido.
- É, ando sumido.
- Por onde você anda?
- Por aí.
- Mm... E está fazendo o quê?
- Ah, você sabe... Coisas.
- Não, não sei. De que tipo?
- Por que você insiste?
- No quê?
- Nisso de tentar me fazer falar... Bem, você sabe.
- Porque eu quero você. Droga!
- Eu também a quero.
- Então por que inferno sempre me diz não?
- É você, mas ainda não é momento.
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Quinta-feira, 08 de abril de 2010; 10:47.
Solidão formada pelo não ser, não estar. Não ter. É isto que me faz só. Só, porém, repleta de mim mesma, tomada de vida.
Você já não mais é um buraco, mas tão parte de mim que tornou-se eu.
Plenitude.
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See the blood, enjoy the death.
A alma indomável fora bruscamente silenciada. Por tempo indeterminado.
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Segunda, 05 de abril de 2010; 17:05.
Preciso aperfeiçoar-me na arte do desapego.
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Domingo, 04 de abril de 2010; 07:53.
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Sexta-feira, 02 de abril de 2010; 17:36.
Baby, I feel fine.
She's in love with me and I feel fine.
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Quinta-feira, 01 de abril de 2010; 21:32.
E eu girei, girei, girei e girei. Olhando as nuvens cobertas pelos tons do crepúsculos e os passáros retirando-se do céu. Sorrindo. Mudança drástica de humor. Tontura. Culpa. Ânsia. Vômito.
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Terça-feira, 30 de março de 2010;
Eu sempre tive esse brilho guardado dentro de mim, mas por algum motivo que desconheço, ela manifesta-se somente perante ao seu toque. E ah, eis que ontem você me tocou inteira. E eu brilhei. Brilhei como nunca. Era felicidade irradiando por todos os lados, era amor escapando por cada fresta. Era amor entrando, preenchendo, completando. Era certeza. Era eternidade.
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Quarta-feira, 24 de março de 2010; 22:12.
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Terça-feira, 23 de março de 2010; 00:45.
Tenho ódio por todo o controle que tens sobre mim. Tenho amor por todo o amor que tens sobre mim.
Tenho desejo, tenho paixão. Tenho fogo. Tenho um fogo por tuas carnes que só me será saciado em meses... Meses descobrindo cada canto de teu corpo com a ponta de minha língua e proporcionando-lhe os mesmos desejos. Meses completos saciando meus dois anos de loucura subvertida em vontade.
Minha imaginação não é mais suficiente. Minhas mãos já não são mais suficientes. Preciso que tu preenchas essa insanidade contida em mim de todas as formas possiveis. Todas. E para esta insanidade só há um nome -e um único remédio: amor.
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Sexta-feira, 19 de março de 2010; 19:29.
Hoje eu deixei um pedaço de mim para trás. Você partiu.
Não era essa sua grande curiosidade -saber como me torturava? Pois então, é assim: arrancando pedaços de mim toda vez que se vai, que se esvai, que escorre por entre meus dedos, que deixa-me agarrando as lufadas de ar com tanta força que minhas mãos sangram.
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Quarta-feira, 17 de março de 2010; 20:23.
Estou ébria. Suas palavras me embebedam, garota. Me embebedam de vida, de amor, de loucura, de vontade.
Se não me fosse tão falsa essa sua liberdade, diria que poderiamos nos tornar uma. Um só corpo. Minhas carnes entre suas carnes e suas carnes entre as minhas carnes, até o momento em que estivessemos tão chapadas do corpo uma da outra que não soubessemos mais qual é qual. Mas você não me atrai.
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Marcadores: Diários de uma desconhecida
Quarta-feira, 17 de março de 2010; 19:50.
Você desafinou -várias vezes, por sinal-, mas eu não me importei. Sua voz ecoava em meus ouvidos enquanto você estava em minha frente, visivelmente tímido em frente a tantas pessoas, mas eu sorria. Para mim, eramos somente eu e você. Nós. Sem platéia, sem banda. Eu, você e o som da sua voz.
A magia acabou. Foi-se do mesmo modo que veio: minha imaginação. Interceptada por ela. Seus lábios tocaram os dela, apesar de eu saber a verdade, ainda deixa-me inquieta vê-lo tocando-a.
Open your fucking eyes and look around you. I'm right here.
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Marcadores: Diários de uma desconhecida
Terça-feira, 16 de março de 2010; 21:06.
Estou tomada por uma cortina de palavras e rostos que difundem-se em um único vulto. Tudo remete-me a você.
As coisas estão girando ao eu redor, as vozes estão ficando cada vez mais altas. Todos gritam a mesma coisa, repetidamente. Todos gritam o seu maldito nome, repetidamente. Todos gritam o quão estúpida eu fui. E gritam, gritam, gritam. Isso nunca irá acabar.
Oh, fuck. Eu não deveria ter tomado aquelas pílulas.
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Marcadores: Diários de uma desconhecida
In the end;
25.3.10
Ela estava morrendo. Queria surtar, gritar, esperniar; arranjar qualquer modo de fazer a dor parar, ou simplesmente distrair-se canalizando sua raiva em outra coisa, mas não lhe era permitido. Tudo que lhe ofereciam era o silêncio.
Um silêncio preenchido por seus ofêgos e o som do sangue chocando-se contra os azulejos brancos do banheiro. Não podia gritar. A cada vez que tentava pronunciar algo, sua garganta protestava com os acessos de tosse e então, o sangue jorrava.
Talvez fosse melhor acabar de uma vez com toda aquela ânsia por liberdade. Acreditava no pós-morte, em algo que finalmente a faria livre.
Com dificuldade, molhou os dedos no sangue e escreveu na parede: “Don’t be afraid, Alice. I’ll come back for you.”. O espelho quebrado serviu como instrumento para o seu fim. Um corte profundo na garganta.
Ela jamais retornou. Talvez tenha finalmente encontrado a liberdade.
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Marcadores: Alice
Perdição
3.3.10
E o fulgido luar que, agora,
Resplandece em sua pele nua
Sobrepõe sobre ela uma brancura esplêndida
Da qual não sou capaz de apreciar
Nem mesmo na mais bela das virgens
Oh, doce e promiscua garota
Encoberta por um manto de tormentas
És tão desejosa quanto sombria
Enquanto cintilas sob a lua
No mais singular dos gemidos
Assimilado ao gozo, o sangue
Escorre do corpo de teu amante
Quem dera eu
Fosse rico homem
Capaz de pagar por teus encantos
E ser embalado pelo mais belo dos prantos
Extasiado entre tuas carnes
Faria-me do do desejo o sudito
E minh'alma
Ao inferno entregaria
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Marcadores: Poesia
Batalha
21.2.10
E o seu cheiro continua impregnado no quarto, mesmo após a batalha, mesmo após a guerra de tantos meses. E que batalha foi essa? E qual guerra que se dá sem armas? Eu bem tentei te manter entre os nossos lençóis -agora meus-, entre as minhas carnes e a nossa vida -agora minha. Mas você estava cansado demais dessa nossa mesma rotina -minha rotina.
Agora você deixa seu cheiro nos lençóis de outra; explora as carnes de outra por todos os lados -cada canto, cada fenda-, como um dia fez comigo.
Eu bem tentei... Foi a batalha em que eu lutei sozinha pra manter seu cheiro nos meus lençóis, seu corpo entre minhas carnes e seu calor em minha vida. Eu bem tentei te engaiolar, mas você é passáro demais pra ser livre dentro de uma gaiola.
Postado por The Ghost Writer às 21:02 1 comentários
Marcadores: Cartas
16.2.10
-É triste, não é?
-O quê?
-As folhas caindo; o amor sendo esquecido; o sofrimento; a dor.
-É bonito.
-Só é bonito quando está no papel. Ou você acha bonito quando você está triste?
-Acho.
-Acha?
-Acho.
-Como?
-Existe beleza em todos os sentimentos, basta você ter vontade de enxergar.
-E como se faz para ter essa vontade?
-Eu não sei.
-Como não sabe?
-Não sabendo, oras.
-Então você não sabe.
-Não sei o quê?
-Se realmente existe beleza em todos os sentimentos.
-Claro que sei. Eu vejo.
-Não, você não vê.
-Por que você acha que eu não vejo? Só por que você não vê?
-Não... Porque quem vê sabe o caminho para indicar aos outros. Você não sabe.
-É, eu não sei.
-Eu tinha tanta esperança...
-Esperança de quê?
-De que você soubesse.
-Ué, por que?
-Porque eu quero saber como é viver de verdade.
-Eu também.
-O quê você disse?
-Nada não.
-Será que um dia a gente consegue?
-Será?
-Talvez.
-Eu quero acreditar que sim.
-Eu também.
Postado por The Ghost Writer às 06:18 0 comentários
Marcadores: Diálogos
Vontade de vida;
15.2.10
Sabe do que é que eu tenho vontade, Maria? Eu tenho vontade da vida. É, da vida. Essa coisa assim, tão bonita, tão intensa. Imagina só como não deve ser ótimo poder sentir, não é mesmo? Sentir o vento no rosto, bagunçando os cabelos; sentir a pele do outro tocando na sua, sentir o gosto, sentir o beijo. Eu já senti alguns beijos sim, e alguns toques também, diferente de você. Mas você também já sentiu o toque... Mas não é a mesma coisa, é? É tão frio, sem vontade. É diferente quando a Margarida toca o namorado dela e quando toca a gente, não é? É diferente quando ela beija ele, eu sei que é. Com a gente não tem calor, não tem amor. Não tem vida. Às vezes eu até acredito que quando ela me olha com aqueles olhos de mel transbordando amor é pra mim, mas é tudo ilusão. É tudo amor próprio, Maria. É tudo vontade de se ter, de ser dona de si mesma. É tudo vontade, poder. Diferente da gente, não é? A gente fica onde mandam ficar, onde colocam. A gente não vive, a gente só vê, observa. A gente não sente. Afinal, você é só uma porta e eu sou só um espelho. Um espelho com vontade de vida.
Postado por The Ghost Writer às 20:30 0 comentários
Marcadores: Maria

